Mercado Público Porto Alegre

O primeiro mercado público que se tem notícia foi construído em 1842, e inaugurada em 1844. Até esta data Porto Alegre não dispunha de mercado central, sendo o comércio distribuído em pequenos estabelecimentos. Ficava localizado na Praça Xv, (antiga Praça Paraíso) no centro da cidade, funcionando até 1870. De planta quadrangular, construído em alvenaria de tijolos e com um portão de ferro. Em 1845 foi rebocado e caiado externamente em 1845.

Por volta de 1857 foi escolhido o local do novo mercado público, em uma área aterrada em 1852 para abertura da Rua Nova (atual Sete de Setembro) e instalação da atual Praça Parobé. Em 1861 uma comissão de vereadores aprovou o projeto do engenheiro Frederico Heydtmann, após realização de muitos estudos e orçamentos, onde foram incluídos os torreões nos cantos e ampliando as dimensões. A pedra fundamental foi lançada em 29 de agosto de 1864 e acabou sendo inaugurado em 3 de outubro de 1869. A obra custou aos cofres públicos o valor de 246 contos de réis, elevada para a época. Em 1871 o pátio central foi calçado e arborizado, que foram substituídos posteriormente por 4 chalés de madeira, destruídos por um incêndio em 1912. O prédio foi ocupado por atividades comerciais, hotéis e estabelecimentos de prestação de serviços.

Entre 1910 e 1914 foi construído o segundo pavimento, inicialmente destinado a escritórios. Novos chalés, executados com metal, bem como uma câmara frigorífica foram entregues em 1915 pela empresa Bromberg & Cia.

Em 1941 a enchente atingiu o prédio, alcançando mais de um metro de altura.
O mercado sofreu com novos incêndios em 1976 e 1979.
Na administração de Telmo Thompson Flores correu o risco de ser demolido para construção de uma avenida, mas os protestos da população fez com que a decisão fosse revogada.

Tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural do Município de Porto Alegre em 1979, sofreu uma grande restauração entre os anos de 1991 e 1997. A reforma criou uma moderna cobertura estruturada em aço e vidro na grande área do pátio central, a arquitetura das arcadas foi recuperada e valorizada, a circulação interna foi resgatada, o acesso ao 2° pavimento melhorado com elevadores e escadas rolantes, preservando a arquitetura original em estilo eclético, com sua tradicional cor amarelo ouro. A infra-estrutura dispõe de 4 baterias sanitárias (mais um sanitário adaptado para deficientes), gás encanado, vestiário e refeitório, 4 câmaras frias e um sistema de refrigeração.

O custo da reforma foi de R$ 9 milhões, sendo 12% bancado pelo Fundo do Mercado e doações e o restante pela Prefeitura Municipal. Reinaugurado em 19 de março de 1997, foi premiado na 3ª Bienal Intenacional de Arquitetura de São Paulo.
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