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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Érico Veríssimo

Érico Lopes Veríssimo nasceu na cidade de Cruz Alta, região noroeste do Rio Grande do Sul em 17 de dezembro de 1905. Filho de família abastada (pai farmaceutico) e com dois irmãos, sendo uma adotada. Aos 4 anos contraiu meningite com broncopneumonia, quase vindo a felecer. Aluno dedicado, desde jovem frequentava cinema e lia autores como Aluísio de Azevedo, Joaquim Manuel de macedo, Walter Scott, Émile Zola e Fiódor Dostoiévski. Ao terminar os estudos em 1922, houve a separação de seus pais e afalência dos negócios de seu pai, obrigando Érico a empregar-se em um armazém e posteriormente no Banco Nacional do Comércio. Apesar disso, continuou aprofundando a leitura de escritores nacionais e eestrangeiros, além de transcrever obras de Machado de Assis e Euclides da Cunha e interessar-se por música lírica. Mudou-se para a capital em 1924 para que o irmão Enio frequentasse o ginásio, retornando a Cruz Alta no ano seguinte. Em 1926 tornou-se sócio da Farmácia Central junto com um amigo de seu pai, mas faliu em 193, deixando dívidas que foram liquidadas somente 17 anos depois. Érico também trabalhou como professor de literatura e Língua Inglesa nesta época.
Em 1929, ano do noivado de Érico com Mafalda Halfen Volpe publicou-se o primeiro texto de Veríssimo: Chico: um Conto de Natal, na revista mensal "Cruz Alta em Revista". Em seguida, seu amigo Manuelito de Ornelas enviou os contos Ladrão de Gado e A Tragédia dum Homem Gordo à revista do Globo. E o jornal correio do Povo publicou o conto A Lâmpada Mágica.
Viu seu pai pela última vez em outubro de 1930 quando este engajou-se na Revolução de 1930, mudando-se para Santa Catarina.
Érico mudou-se novamente para Porto Alegre, em dezembro de 1930, disposto a viver de seus escritos, permanecendo Mafalda em Cruz Alta. Foi contratado como secretário de redação da Revista do Globo, e também encontrava-se com intelectuais da época, como Mário Quintana e Augusto Meyer. Retorna a Cruz Alta em 1931 para casar com Mafalda e passam a residir definitivamente em Porto Alegre. Tiveram dois filhos, Clarissa, e o também escritor Luís Fernando Veríssimo. Para complementar o orçamento, Érico passoua traduzir livros do inglês para o portugues, além de colaborar com os jornais Diário de Notícias e Correio do Povo, tendo sido promovido a diretor da Revista do Globo em 1932.
Começou a publicar seus romances em 1933 (Clarissa), tendo lançado em 1935 “Caminhos Cruzados”, considerado pela igreja Católica subversivo e tendo sido interrogado pela polícia. Em 1936 publicou dois romances “Música ao longe” e “Um lugar ao Sol”, continuações de “Clarissa”. O reconhecimento nacional veio com a publicação de “Olhai os Lírios do Campo” em 1938, seguido em 1940 pelo romance “Saga”, considerado pelo autor seu pior romance. A partir de 1941, Érico morou durante tres período s de sua vida nos Estados Unidos, tendo escrito dois romances sobre suas viajens ao exterior, “Gato preto em campo de neve” (1941) e “A volta do gato preto” (1947). Em 1943 publicou o romance “O Resto é Silencio”, a partir de um incidente (queda de uma mulher do alto de um edifício) testemunhado por ele e seu irmão na rua da Praia. A sua obra-prima, a trilogia “ O Tempo e o Vento” (2,2 mil páginas) começou a ser escrita em 1947, e sua intenção era reunir 200 anos de história do Rio Grande (1745 a 1945) em um só volume. Em 1949 foi publicado o primeiro volume da trilogia, “ O Continente”, sendo seguido pelo volume “ O Retrato”, publicado em 1951. Em 1952, novamente na praia de Torres (como no segundo volume) iniciou o terceiro volume, mas acbou publicando “ Noite” em 1954. Entre 1953 e 1956, nos Estados Unidos, ainda sem sucesso, tentou novamente concluir a trilogia. Ao retornar, contiunua sua infrutífera tentativa de escrever “O Arquipélago”, mas inicia um livro sobre sua visita ao México. Volta a trabalhar no “Arquipélago” em 1961, após recuperação de um infarto do miocárdio. Ao viajar para a Grécia em 1962, entrega os originais do terceiro volume da trilogia. Em 1965 publica o romance “Senhor Embaixador”, reflexão sobre os descaminhos da América latina. Publica sua primeira autobiografia em 1966, “O Escritor diante do Espelho”, ampliada posteriormente. Em “Incidente de Antares” de 1971, traça um apanhado da história do Brasil. Em 1973 publica o primeiro volume de “Solo de Clarineta”, sua segunda e ampliada autobiografia. Sua morte em novembro de 1975 interrompeu a conclusão do segundo volume da trilogia (publicado postumamente em 1976) e de um romance que se chamaria “A Hora do Sétimo Anjo”.

Um comentário:

  1. Gosto muito dele. Li como muito gosto Olhai os Lírios do Campo. E já utilizei como heterônimo Ana Terra, por achar lindo e forte.

    Um abraço.

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