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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Jean François Rauzier

Imagine que vê uma fotografia panorâmica de Paris onde está representado o Rio Sena, a Torre Eiffel, as diversas pontes da cidade e o Sacré Coeur, ao longe. Agora, pense que pode fazer zoom nessa imagem até poder saber exactamente o que já por detrás das janelas dos edifícios mais próximos. Poder contar quantas pessoas estão em cada divisão, se se trata de uma sala ou de uma cozinha e comparar, até, os diferentes móveis dos apartamentos.
Parece algo digno do satélite mais poderoso da NASA, mas são, na verdade, as fotografias hiper-detalhadas do francês Jean François Rauzier. Ou simplesmente as hiper-fotos, como o seu autor lhes chama. Através da montagem de centenas ou até milhares de fotografias de alta qualidade, é criada uma imagem de hiper-resolução que leva ao extremos tanto o detalhe como a perspectiva. Cada colagem leva entre 600 e 3400 fotografias individuais que são tiradas individualmente, num período de tempo que pode chegar às duas horas - o que, pensando bem, não é assim tanto.
O que demora mais neste trabalho é a junção das fotografias e o trabalho em Photoshop: Rauzier assegura que o espectador não possa distinguir onde começa uma imagem e termina outra. Mesmo que o trabalho utilize uma perspectiva de 360º, como pode ser visto na hiper-foto de Paris, daí a imprevisibilidade do resultado final.
E porquê este tipo de fotografias? Rauzier já foi pintor, escultor e fotógrafo ao longo de 30 anos de trabalho e, a partir de 2001, descobriu que era esta a técnica que mais o completava, pelo menos ideologicamente por juntar um pouco de tudo. Nas suas palavras "como fotógrafo uso esta arte poderosa para capturar a realidade. Como pintor, posso controlar a minha imagem de forma exacta e colocá-la onde quero. Como escultor, passo muito tempo a meditar acerca do meu trabalho, a tocar e a sentir a sua textura. Hiper-fotografia é uma combinação destes três meios".
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Reportagem de Diana Guerra.
Quando tinha 7 anos, a Diana gostava de recortar jornais velhos e colá-los em folhas, reorganizando as notícias a seu bom proveito. E mesmo que com aquela idade ainda não compreendesse bem o que nas folhas estava escrito, o seu futuro começou a desenhar-se: não, não haveria de ser designer gráfica; antes, com aprimorada teimosia, decidiu-se pelo jornalismo. Boa escolha? Não sabe, não quer saber. Entretanto, vai escrevendo. 

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