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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Propagandas antigas - anos 70 - parte 1

A década de 70 andou rápido. Mudou o rumo, tão cristão e pacientemente traçado por nossos antepassados. Parece que de repente a década passou o mundo às mãos dos jovens, que se entusiasmaram na autoria de novidades e podiam ser divididos em dois grupos: os que estavam preocupados em “se descobrir” (tomando drogas), e os que estavam engajados na luta.
Foi o período em que uma parte da cultura virou voz da realidade. Era a “arte engajada”, que falava o que não podia dizer, a todos quanto pudessem ouvir.
Os investimentos em propaganda vão experimentar igualmente um lento e gradual crescimento na década. Na segunda metade dos anos 70 ( de 1976 a 1981), por exemplo, a publicidade vai representar algo próximo dos 0,90% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
No fantástico mundo à parte da TV brasileira, a Rede Globo exercia já uma liderança absoluta, de mercado de audiência; um de seus “pratos-fortes” era a telenovela.
As agências de propaganda se modernizaram e criaram, enquanto setor, uma vasta rede de entidades e associações, que ao longo destes dez anos passados discutiriam a atividade como nunca se discutiu antes.
O marketing dos fabricantes e anunciantes não experimentou, como ocorreria nos anos 80, grandes evoluções. Aliás, os anos 70, serviriam mais para fixar o conceito, do que faze-lo avançar.
Foi nesse período que se descobriu definitivamente, que marketing é indispensável para qualquer desenvolvimento mercadológico.
Ao final da década, os veículos começaram a descobrir o que seria a grande sacada dos anos 80 a a febre dos 90: a segmentação.
A conquista da cor exigiu a instalação de novos equipamentos técnicos que, menores e mais aprimorados, permitiram mudanças inclusive na linguagem da televisão ao utilizar com grande frequência os novos efeitos eletrônicos aliados ao video tape. Essa inovação foi verificada principalmente nos programas musicais (quando os números musicais puderam deixar os estúdios e serem gravados nos mais diferentes lugares) e nos programas humorísticos, pois na dramaturgia ou na informação não eram bem aceitos. O show eletrônico aconteceu também no esporte que incorporou efeitos como replay e slow motion para melhor visualização e conferência de lances.
A década de 70 foi muito importante para o reconhecimento da programação televisiva brasileira tanto no país como no exterior. Diversos prêmios internacionais foram obtidos em diferentes gêneros de produção: musical, dramático e infantil. O melhor reconhecimento, entretanto, foi o número cada vez maior de programas brasileiros sendo consumidos em todo o mundo, especialmente a telenovela que alcançou alto nível de produção e interpretação e, conquistando no exterior um mercado inédito para a dramaturgia brasileira, introduziu modismos comportamentais na Itália, na Espanha e em Portugal.

Comercial - Opala 1973, com Ney Latorraca

COCA-COLA - Boas Festas (anos 70)

ANTARCTICA - Adoniran Barbosa & Demônios da Garoa (1974)

Varig - Tucano - Ceará (década de 1970)

Propaganda antiga Volkswagen Fusca - anos 70

Iogurte VIGOR - comercial (1975)

Propaganda do cigarro Vila Rica com Gerson - 1976

Comercial Bacardi - Anos 70

VÔE CRUZEIRO - comercial (1975)


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