O artista nasceu em Zurique em 1965 e desde muito cedo descobriu a paixão pelo design e fotografia. Ainda com 16 anos, Denzler reproduziu algumas obras de Andy Warhol, Basquiat, Schnabel, Clemente, Picasso e Monet, a partir de um negociante de arte suíço famoso na década de 80. Estas reproduções foram usadas para livros de arte ou material impresso. Já com 20 anos, mudou-se para a África do Sul, durante o Apartheid, e por lá ficou um ano, absorvendo experiências que lhe deixaram fortes impressões e o influenciaram. Dali a um tempo, já como designer gráfico e fotógrafo, Andy teve a oportunidade de trabalhar com todos os diferentes tipos de equipamento audio-visual, como vídeo e material fotográfico, e interessou-se em experimentá-los com diferentes técnicas.
Especializou-se em fazer interferências visuais nas próprias fotos, como se isso fosse a voz do artista a protestar sobre algo. Ou, simplesmente, sua técnica dialoga com o mundo por meio de movimentos aplicados nas fotografias. Mostrar uma realidade na foto e, depois, deformá-la, faz-nos perceber que seu trabalho é muito mais do que um simples trabalho gráfico. Geralmente, os efeitos criados por Andy são à base de tintas de óleo, colocadas em inúmeras camadas grossas, sobrepostas, para quebrarem-se permitindo que a luminosidade das cores atravesse por entre as pequenas lacunas que se formam na superfície. São pinceladas abstratas, indisciplinadas, ainda que vivazes. É nítida a sensação acelerada ou mansa com que o artista traça suas camadas de tinta.
Suas interferências são sempre feitas com um propósito específico, como um trabalho encomendado ou algum projeto com temas político-sociais. O artista inicia uma pesquisa sobre a temática desejada e pode usar não somente suas próprias fotografias, como imagens dos jornais encontradas na web. Exemplos disso são as exposições como a American Painting Exhibition, realizada em Nova Iorque em 2005, e a Insomnia Exhibition de 2007, em Lisboa.
Andy Denzler é considerado um artista entre o abstrato e o realista, pois interfere na retratação da realidade com uma visão particular do mundo. O centro de sua obra é sempre a figura humana - a mesma que é figura principal e responsável por qualquer deformação que a realidade possa sofrer.
Em sua mais recente série, The Human Nature Project, o artista explora um tema atual: a relação entre homem e natureza no século 21.
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