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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Futurama - uma visão do futuro


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Sempre foi desejo do Homem olhar para o futuro. É legítimo e não é difícil fantasiar com futuros distantes, cheios de invenções fantásticas e utopias deslumbrantes. De qualquer modo ninguém vai estar lá para ver... Mais difícil é, porém, imaginá-lo decorrido pouco tempo. E foi esta melindrosa tarefa que a empresa General Motors abraçou quando decidiu promover a exposição Highways and Horizons, também conhecida como Futurama, que esteve presente no pavilhão que construiu para a Feira Mundial de Nova Iorque, em 1939. O objetivo era mostrar como seria o mundo daí a vinte anos, ou seja, em 1960. No final, os visitantes recebiam uma tarjeta que ostentavam orgulhosamente e que dizia "Eu vi o Futuro!"
O pavilhão onde se localizava a exposição era claramente a grande atração de toda a feira e havia motivos para isso, pois a GM tinha investido muito no evento. Num edifício concebido pelo arquiteto Albert Kahn, o designer Norman Bel Geddes colocou uma pista ferroviária onde circulavam em simultâneo mais de 300 carrinhos semelhantes aos de um carrossel e que permitia ao público deslocar-se confortavelmente por toda toda a exposição. Cada carrinho dispunha de um sistema sonoro individual com uma gravação que ia sendo reproduzida ao longo de todo o percurso e que informava os seus ocupantes sobre o que estavam a ver.



E o que havia de tão extraordinário para ver nesta exposição? Todo o espaço interior do pavilhão estava ocupado com um enorme modelo à escala reduzida de uma cidade do futuro, de 1960. Uma rede de estradas de todos os generos e feitios dominava a paisagem e deixava clara a primazia dada ao automóvel, através de conceitos como a Autoestrada Automatizada e a Super Autoestrada, desenvolvidos por Bel Geddes e anteriormente publicados no livro Magic Motorways. Durante todo o percurso eram ainda mostrados aos visitantes diversos dioramas sobre a vida nas cidades futuras.




Um mundo deslumbrante, apoiado nas máquinas e na tecnologia, era prometido aos visitantes da exposição que de lá saíam maravilhados e confiantes no seu futuro próximo. Gostaria de ter vivido naquela época, pela qual tenho uma nostalgia irracional, e gostariA de ter acreditado no futuro cor de rosa daquela propaganda otimista com a candura de um conto de fadas. Hoje sabemos que era, afinal, tudo pura ilusão; quando nasci, em 1960, nada daquilo me aguardava...
Vídeo da exposição: Highways and Horizons (parte 1 e 2)



Originalmente publicado em Obvius por Seven.

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