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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Lya Luft

Lya Fett Luft (Santa Cruz do Sul, 15 de setembro de 1938) é uma romancista, poetisa e tradutora brasileira. É também professora universitária e colunista da revista semanal Veja.
Iniciou sua vida literária na década de 1960, como tradutora de literaturas em alemão e inglês. Luft já traduziu para o português mais de cem livros. Entre esses, destacam-se traduções de Virginia Wolf, Rainer Maria Rilke, Hermann Hesse, Doris Lessing, Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann.
Formada em letras anglo-germânicas, Lya tem mestrados em literatura brasileira e linguística aplicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
 

Vida pessoal
Nascida em uma cidade de colonização alemã, Lya Luft é filha do advogado e juiz Arthur Germano Fett e tinha um relacionamento mais natural com o pai do que com a mãe. De acordo com Lya, que gosta de ser brasileira, sua família tinha muito orgulho de suas raízes germânicas, considerando-se superior aos "brasileiros", embora tivessem chegado ao Brasil em 1825.
Tida como uma menina desobediente e contestadora, Lya, aos onze anos, já recitava poemas de Goethe e Schiller. Aos dezenove, ela converteu-se ao catolicismo, espantando seus pais, ambos luteranos. Na sua juventude, já morava em Porto Alegre.
Em 1963, com vinte e um anos, casou-se com Celso Pedro Luft, um então irmão marista, dezenove anos mais velho do que ela. Eles se conheceram durante uma prova de vestibular, para a qual ela chegara atrasada. Ela e seu marido tiveram três filhos: Suzana (1965), André (1966) e Eduardo (1969).
Em 1985, Lya divorciou-se de seu primeiro marido para viver com o psicanalista e também escritor Hélio Pellegrino, falecido em 1988. Em 1992, Lya voltou a casar com Celso Luft, de quem ficou viúva em 1995.


Carreira literária
No início de seu primeiro casamento, Lya Luft começou a escrever poemas, reunidos no livro Canções de limiar (1964). Em 1972, foi publicado seu segundo livro de poemas, intitulado Flauta doce. Quatro anos mais tarde, escreveu alguns contos e mandou-os para um editor da Nova Fronteira, Pedro Paulo Sena Madureira, que os considerou "publicáveis". Em 1978, foi lançado sua primeira coletânea de contos, Matéria do Cotidiano.
 O mesmo editor da Nova Fronteira tinha aconselhado Lya a escrever romances. Daí surgiu As parceiras, publicado em 1980. No ano seguinte veio A asa esquerda do anjo. Tais livros foram influenciados por uma visão de morte que a autora teve depois de sofrer um acidente automobilístico quase fatal em 1979.
Em 1982, publicou Reunião de Família e, em 1984, outras duas obras: O Quarto Fechado e Mulher no Palco. O primeiro foi lançado nos Estados Unidos sob o título The Island of the Dead. Em 1987, lançou Exílio; em 1989, o livro de poemas O Lado Fatal; e, em 1996, o premiado O Rio do Meio (ensaios), considerado a melhor obra de ficção daquele ano.
Em 2001, Luft recebeu o prêmio União Latina de melhor tradução técnica e científica, pela obra Lete: Arte e crítica do esquecimento, de Harald Weinrich.
No total, já escreveu e publicou 23 livros, entre romances, coletâneas de poemas, crônicas, ensaios e livros infantis.
Os livros de Lya Luft continuam sendo traduzidos para diversos idiomas, como alemão, inglês e italiano.


Seu estilo
Sou fascinada pelo lado complicado. Tenho um olho alegre que vive: sou uma pessoa despachada, adoro família, adoro a natureza. Mas eu tenho um outro olho que observa o lado difícil, sombrio. A minha literatura nunca vai ser "aí casaram e foram felizes para sempre". Minha literatura sempre nasceu do conflito, da dificuldade, do isolamento.
—Lya Luft


Obras
Canções de limiar, 1964
Flauta doce, 1972
Matéria do cotidiano, 1978
As parceiras, 1980
A asa esquerda do anjo, 1981
Reunião de família, 1982
O quarto fechado, 1984
Mulher no palco, 1984
Exílio, 1987
O lado fatal, 1989
O rio do meio, 1996
Secreta mirada,1997
O ponto cego, 1999
Histórias do tempo, 2000
Mar de dentro, 2000
Perdas e ganhos, 2003
Histórias de bruxa boa, 2004
Pensar é transgredir, 2004
Para não dizer adeus, 2005
Em outras palavras, 2006
O silêncio dos amantes, 2008

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