Prémio Valmor de 1902 foi atribuído ao Palácio Lima Mayer, uma construção de 1901, situada na Avenida da Liberdade fazendo esquina para a Rua do Salitre e da qual Adolfo de Lima Mayer era proprietário. O arquiteto foi Nicola Bigaglia (?-1908), italiano radicado em Portugal.
Não existe data específica para o início da arquitetura contemporânea em Portugal. Os registos dos primeiros sinais que a identificam, apontam para uma época nunca anterior a 1950. No entanto é sempre referenciado o acontecimento político do 25 de Abril de 1974 como data “oficial” a partir da qual foi impulsionada a corrente.
Acima, Premio Valmor e Municipal de Arquitetura, atribuído ao Edifício II do I.S.C.T.E., localizado na Avenida Professor Aníbal Bettencourt, na Cidade Universitária, um projecto de Raul Hestnes Ferreira para a Universidade Nova de Lisboa.2002 . Abaixo, um dos premios foi atribuído ao Edifício da Reitoria da U. N. L. Localizado no Campus de Campolide é um projeto dos irmãos Manuel e Francisco Aires Mateus para a Universidade Nova de Lisboa.
A "Arquitetura Popular Portuguesa" marcou a arquitetura contemporânea dos anos 50 que prevaleceu até ao final do Salazarismo.
Arquitetos contemporâneos portugueses
As obras de Álvaro Siza Vieira surgem como referência da arquitetura contemporânea das décadas de setenta e oitenta. Aliados a este nome surgem arquitetos como Manuel Taínha, Fernando Távora, Eduardo Souto Moura, Nuno Teotónio Pereira, entre outros. O surgimento das novas gerações de arquitetos que os sucederam veio introduzir um alargar de tendências arquitetonicas progressiva com maior ou menor recurso aos traços que já caracterizam a arquitetura contemporânea em Portugal.
Outras categorias
Entre as grandes categorias do desconstrutivismo, do minimalismo ou da arquitetura magistral e única dos Mestres, cruzam-se, encontram-se fundem-se, obstruem-se, descobrem-se modos de afrontar a arquitectura contemporânea Portuguesa dificilmente integráveis em alguma categoria mas o carácter e linguagem das obras características da corrente, mais do que evidenciar divisões geracionais, exprimem atitudes diversificadas em função das diferentes tendências que atravessam a cultura arquitetonica contemporânea portuguesa.
Gerações de arquitetura contemporânea
A arquitetura contemporânea cruza várias gerações em simultâneo que marcaram e continuam a marcar e subdividir a corrente atual, desde meados do século XX até aos nossos dias. Manuel Taínha e Fernando Távora, Victor Figueiredo e Álvaro Siza, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto Moura e Carrilho da Graça caracterizaram-se pelo exercício da profissão desenvolvido em atelier próprio, atribuindo à arquitetura contemporânea o selo da individualidade. Individualidade arquitetonica que abriu alas a uma maior interação interdisciplinar.
Contemporaneidade e inovação
Assiste-se hoje, em Portugal, a um fenomeno complementar e inovador no âmbito da arquitetura contemporânea portuguesa que contrapõe a conceitos velhos e conservadores de tradições e modos de operar, a uma intenção afirmada, ainda com alguma timidez, de inovar o espaço e construí-lo com conceitos, materiais e técnicas que permitam viver em pleno a contemporaneidade. A sociedade contemporânea ditou progressivamente, através de uma sucessão de acontecimentos caracterizados pela emergência da performance e voluntarismo mediático, uma corrente arquitetonica alimentada pelo modus vivendi alterando a dimensão do habitar e ocupar a arquitetura.
Um passo mais além
A arquitetura contemporânea portuguesa caracterizada por um recurso frequente a um passado mítico tem vindo a diluir-se, um pouco derivado à crescente procura de um bom ordenamento do território e busca da aplicação da teorias urbanas, deixando para trás a procura de preservação do status quo e dos "Mestres", dando assim um passo mais além, uma melhor e mais democrática arquitetura contemporânea.
Faculdade de Arquitetura do Porto, Álvaro Siza Vieira , 1995.
Conjunto habitacional no bairro do Ramalde, desenvolvido por Fernando Távora entre 1952 e 1960.
Eduardo Souto de MouraSouto Moura vem surpreendendo os críticos ganhando vários prêmios de arquitetura, como por seu projeto do Estádio Municipal de Braga.
Em 1991 0 Premio Valmor e Municipal de Arquitetura coube a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, um projeto do arquiteto Manuel Mendes Tainha para a Universidade de Lisboa, situada na Alameda da Universidade, Cidade Universitária.
Igreja do Sagrado Coração de Jesus, Rua Camilo Castelo Branco, 4, Autor: Arqtsº Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas
Escola Superior de Comunicação Social - Benfica, Lisboa ( frente ao viaduto de Pina Manique/ 2ª Circular) projeto de João Luís Carrilho da Graça, agraciado em 1994 com o Prémio Secil
Prémio Valmor
Instituído há um século, o Premio Valmor surge na sequência de indicações deixadas no testamento do segundo e último visconde de Valmor, Fausto Queiroz Guedes, diplomata, político, membro do Partido Progressista, governador civil de Lisboa e grande apreciador de belas artes.
Falecido em França em 1878, segundo o seu testamento, uma determinada quantia de dinheiro era doada à cidade de Lisboa de modo a criar-se um fundo. Este passaria a constituir um premio a ser distribuído em partes iguais ao proprietário e ao arquiteto autor do projeto da mais bela casa ou prédio edificado.
Surge assim, com o nome do seu instituidor, o Premio Valmor de Arquitetura, cuja atribuição era da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa, ficando esta sob fiscalização do Asilo de Mendicidade de Lisboa. A Câmara elaborou então um regulamento segundo o qual seria anualmente nomeado um júri de três membros, todos arquitetos, que avaliariam as várias edificações.
Adaptando-se a mudanças, quer de mentalidade, quer no modo de fazer arquitetura, quer ainda a nível de regulamento, é um dos mais prestigiados premios de arquitectura em Portugal.
O Premio Valmor continua a ser sinonimo de uma certa qualidade arquitetonica que reflete, tanto pelos bons como pelos maus exemplos, os gostos dominantes das diferentes épocas.
Após uma primeira proposta de regulamento apresentada por Duarte Pacheco, então presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Ministro das Obras Públicas, o Premio Municipal de Arquitetura viria a ser oficialmente instituído em 1943.
Partilhando muitas semelhanças com o Valmor, durante os anos em que foi atribuído, 1943-1957, o Premio Municipal de Arquitetura premiaria obras de qualidade muito diversa mas geralmente mais modernas dos que as galardoadas pelo Premio Valmor.
Apesar de um primeiro regulamento apenas contemplar edifícios de habitação, foi posteriormente alterado, permitindo assim um alargamento a qualquer tipo de edificação.
Este premio foi recuperado em 1982, estando desde essa altura associado ao Valmor passando a designar-se desde então Premio Valmor e Municipal de Arquitetura.
A partir de 1997, o Município de Lisboa não atribuiu o Premio Valmor e Municipal de Arquitetura. Esta situação veio a ser regularizada em 2003 com outorga do Premio de 2002 e no início de 2004 dos Premios de 1997 a 2001.
Em 2003 foi também reformulado o regulamento, passando o mesmo a incluir, pela primeira vez, a área de Arquitetura Paisagista, tendo assim este premio adquirido uma nova dimensão.
O Premio relativo a 2003, avaliado em 2006, não foi atribuído. Os Premios relativos a 2004, 2005 e 2006 foram atribuídos em 2009.
Acompanhe série de reportagens visuais de Fernando Guerra sobre arquitetura contemporanea em Portugal clique aqui
fontes: wikipedia e google
fontes: wikipedia e google
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