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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Portugal-pintura e a escultura

Pedro Proença
Considerado um dos artistas mais notáveis da arte contemporânea portuguesa, Pedro Proença começou desde muito cedo a desenhar, dedicando-se, com apenas 13 anos, à banda desenhada. O interesse por outros assuntos e estilos levou-o, porém, a trilhar caminhos menos «populares». Candidatou-se ao curso de Arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (ESBAL), aconselhado pela família, mas falhou o ingresso. Inscreveu-se então nos cursos livres da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA) manifestando já um interesse pelo acaso e pela herança dadaísta. Na instituição, para além de se sentir atraído ao mesmo tempo pelas questões conceituais e pela pintura, conhece um professor que o marcará muito: o pintor João Vieira. De regresso à ESBAL, já no curso de Pintura, começou a intervir no espaço da universidade. Com Pedro Portugal, funda o projecto de uma revista intitulada Homeostética, a partir da qual se formaria o grupo Homeostético, coletivo que integrava, no início, os nomes de Manuel João Vieira, Pedro Portugal, Ivo e Xana...

Em meados do anos 70, depois da Revolução dos Cravos, a pintura e a escultura começaram a dar os primeiros passos na contemporaneidade, explorando primeiramente (embora tardiamente, quando comparada com a restante Europa) a Pop Art, não pondo num plano inferior a Op Art.
Maria Helena Vieira da Silva
Maria Helena Vieira da Silva, artista que viveu o modernismo e depois a arte contemporânea escolheu a pintura como o seu ícone. Mas também trabalha na azulejaria. O Metro de Lisboa têm nas paredes trabalhos seus. Na azulejaria contemporânea trabalham também Júlio Pomar e Júlio Resende, que se tornam referências na pintura contemporânea europeia.
"Ribeira Negra" (1984), uma das obras mais conhecidas de Júlio Resende, no Porto.
O Minimalismo entra definitivamente, nos oitentas, na arte contemporânea portuguesa. Revela-se na música erudita, recondidamente, e estende-se à pintura e à escultura. Enquanto na pintura se revela discreto, com formas simplificadas, derivantes do abstracionismo, com um limitado número de cores, na escultura entende-se como exibicionista este movimento. Na escultura minimalista o detalhe e o pormenor não são postos de lado, são ostensivamente exibidos, juntamente com cores e relacionados intimamente com os jogos lumínicos artificiais instalados no espaço de exibição da escultura. A gravura passa pelo mesmo processo.
A fotografia torna-se uma arte de excelência, esquecida desde o surrealismo e retomada em Portugal nos oitentas. A fotografia minimalista compreende os elementos comuns à escultura e à pintura do mesmo estilo.
Cabinet d’Amateur -2 (Stockholm version) de Pedro Cabrita Reis
No panorama artístico português surgem Paula Rego, e depois Jorge Martins. Ambos com estilos aparentemente diferentes, as suas obras são perturbantes e interagem diretamente com o espectador através da pintura. Paula Rego não é a artista mais internacional portuguesa, mas é a pintora mais internacional. Muitas das suas obras pertencem a coleções privadas como a Colecção Berardo.A esta importantíssima e valiosíssima coleção de arte moderna e contemporânea portuguesa (avaliada pela Christie's em 316 milhões de dólares americanos) conta também com trabalhos valorosos de Jorge Martins. O artista explora a profundidade, o espaço através do contraste entre cores.
Jorge Martins, Sem título, 1976, grafite sobre papel
Maria Paula Figueiroa Rego
Manuel Cargaleiro, já nome de escola, na Amora, e Querubim Lapa assumem o expoente da azulejaria portuguesa, levando-a a novos rumos. Uma azulejaria contemporânea, baseada nos contrastes - até porque o azulejo permite muito isso - e mediatizando na arte as figuras geométricas.
Barahona Possollo, um dos mais célebres artistas portugueses da atualidade, também deixa a sua marca. A sua obra caracteriza-se por uma grande riqueza de cores quentes, com matizes de sombras sedosas, e por um detalhe quase fotográfico, de grande qualidade técnica. Alberto Lume também se destaca no panorama artístico português.
Barahona Possollo
Em 2006, o CCB apresentou uma exposição retrospectiva da sua obra. Tempos antes, também Serralves orgazinou uma exposição de Paula Rego, onde acorreram cerca de 200.000 pessoas.
Portugal, hoje em dia, assume cada vez mais um papel de renome na pintura e escultura contemporânea. Joana Vasconcelos é a mais célebre artista contemporânea de Portugal da geração dos finais do anos oitenta.
Em 2007, Portugal fortalece a sua presença na rota das grandes exposições de arte moderna e contemporânea com a instalação do Museu Coleção Berardo no CCB, em Lisboa. No Porto, a Fundação de Serralves é uma instituição de renome internacional.
Arte de instalações
Ainda não muito célebre entre os espectadores portugueses, nem muito reconhecida a nível europeu, a instalação está ainda «perto da partida». Todavia, alguns artistas empenham-se no reconhecimento desta arte, que entrou em Portugal, já nos anos noventa, no centro de uma cultura rock.  Joana Vasconcelos é uma das mais célebres artistas utilizando a grande escala e elementos da cultura pop ou objetos do quotidiano na construção das suas esculturas. Em 2005, apresentou " A Noiva" na Bienal de Veneza, tendo sido Ângela Ferreira a representante oficial (projeto comissariado por Jurgen Bock).
Néctar de Joana Vasconcelos, é um lote de duas esculturas que integram a Colecção Berardo, sediada no CCB, a par da sua instalação Aladino.

fonte: wikipedia e google

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