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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eficiente máquina de viver

Eficiente máquina viva (Efficient Living Machine) não é apenas uma proposta para rever a cidade, mas também e sobretudo uma tentativa de imaginar o que poderia acontecer de outra maneira, a vida humana na terra. Não é mais a casa, local de trabalho, escritório, supermercado ou bar enraizados no chão, mas os espaços em constante movimento. A nova urbanidade pode ser imaginada como espaços onde as funções são de uma eterna busca de novas configurações, seguindo a dinâmica sócio-política de uma metrópole em constante mudança. O conceito propõe um edifício capaz de funcionar como uma infra-estrutura de base para melhorar e expandir o estilo de vida da metrópole, a melhoria da habitabilidade dos seus utilizadores e capaz de auto-suficiência energética.
A proposta de arranha-céus resultante é derivado de um sistema de redes sobrepostas, uma série de camadas que contêm características tais como recreativas, fazendas, parques públicos e de emprego, enxertadas no atual tecido de Nova York, que oferece uma variedade de situações que poderiam levar a uma nova cidade de morfogênese. O arranha-céu oferece aos seus cidadãos uma escolha de estilos de vida diferentes, dependendo do nível onde se encontram. A primeira grade segue com mais regularidade o plano da atual cidade de Nova York, enquanto o segundo a desconsidera. Esta estrutura espacial aumenta a densidade de funções, que também têm a capacidade de ser móvel e altera sua configuração dentro da estrutura interna, permitindo a cada indivíduo seguir a dinâmica sócio-econômica de uma metrópole em constante mudança, a aplicação destas características como uma evolução da programação "em cruz."
Para aumentar a densidade da metrópole, o conceito vai para a frente com a intenção de eliminar o transporte privado, contrabalançado pelo reforço do sistema de transportes públicos, com taxas de velocidade diferente, de acordo com a estrutura e estilo de vida que ele reproduz. As duas redes estão ligadas por relações verticais que se juntam à vários meios de transporte, ao mesmo tempo gerando novos espaços públicos de socialização. Estas ligações verticais se agregam também à função de geração de energia, a eletricidade é derivada de turbinas eólicas, sistemas fotovoltaicos e de hidrogênio. Os alimentos são produzidos nas fazendas, implementando assim uma cadeia alimentar local. O sistema de aquecimento utiliza a fermentação de resíduos orgânicos provenientes da fazenda e toda a cidade. A cidade também recolhe e purifica a água da chuva que é adicionado ao sistema da cidade.

Projeto:
LED architecture studio - Logical Efficient Design – Foi fundado em 2009 pelos arquitetos Alessandro Liberati e Roberto Staccali. Ambos os fundadores obtiveram o grau de Mestre em Arquitetura Ambiental Sustentável e Eficiência Energética pela Universidade de Camerino, tendo mais tarde colaborado ao longo do curso em Tecnologia e Construção Ambiental, realizado na Universidade de Ascoli Piceno. Hiddenoffice – Esta firma de arquitetura foi fundada em Outubro de 2009 por um grupo de arquitetos italianos composto por Simone Pirro, Luca Tappatà e Roberto Turtù. A abordagem do estúdio hiddenoffice à arquitetura deriva de uma leitura da sociedade contemporânea, plenamente globalizada e das suas contradições, na tentativa de desenvolver abordagens conceptuais que reflitam sobre essas mesmas contradições e sobre a arquitetura em si. Os trabalhos desta firma tendem a tornar-se uma espécie de afirmação conceitual da democracia, nos quais as relações ambíguas da sociedade e da arquitetura não se dão já entre entidades separadas mas sim como uma entidade una.

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