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sexta-feira, 13 de julho de 2012

DIA DO ROCK - Rock Gaúcho

Nas duas edições do anteriores do Dia do Rock, o Urbanascidades apresentou em 2010 a História do Rock dos 50' aos 2000' (CLIQUE AQUI) e em 2011 o Rock em Países alternativos como Afeganistão, Dinamarca, Bósnia, Croácia e Iraque (CLIQUE AQUI).
Em 2012 vamos apresentar uma pequena história do Rock gaúcho e seus representantes, muitos dos quais já passaram pelas "páginas" do nosso blog. Com a ajuda do amigo Rogério Ratner e do livro "A música de Porto Alegre", do jornalista Gilmar Eitelvain, pesquisas na internet e minha história pessoal foi possível uma breve e despretensiosa radiografia do rock gaúcho. Hoje publicamos o texto sobre o início de tudo, amanhã (sábado) invadimos os 70 e no domingo chegamos aos 80".
 Até 1963, com a chegada dos Beatles, a cena musical em Porto Alegre reproduzia a década anterior. Era dominada pelos conjuntos melódicos qua animavam bailes e festas. Os crooners enriqueciam seus repertórios com canções de Frank Sinatra, Bing Crosby, tangos de Gardel, blues de Nat King Cole, instrumentais de Glenn Miller, musica italiana romântica e sambas. Os melódicos mais famosos eram o “Norberto Baudalf”, O “Renato e seu Conjunto”, “O Flamboyant” e o “Flamingo”.  O conjunto “Poposky e seus Melódicos” foi criado em cima do sucesso do “Balanço das Horas” e de Bill Halley. Outros conjuntos que acompanharam a nova onda foram o “Stardust” de Manfredo Fest e o “Melódico Mocambo”, formado por jovens entre 13 e 19 anos.
Nas festas, musicas mais avançadas como de Ronnie Cord e Eduardo Araújo, The Clevers (depois Os Incríveis). A Jovem Guarda não teve muita influencia em Porto Alegre, pois era considerada pobre, brega e suas versões sem criatividade.
 A garotada que teve sua iniciação ao som de Elvis Presley estava mais afim de bossa nova. Nas festas começavam a aparecer os primeiros quartetos inspirados nas bandas inglesas e americanas instrumentais como   The Ventures e The Shadows. Eram bandas como “Os Brasas”, “Os Cleans”, “Os Satânicos” (depois Som 4) e o Liverpool.
Em 1964 os 3 primeiros discos do Beatles animavam toda e qualquer festa na cidade. Com a chegada do filme "Os Reis do Iê-Iê-Iê" (A Hard's Days Night) , a febre que impulsionou o maior fenômeno musical já visto por estas terras explodiria. Três anos depois, em 67, um levantamento catalogou aproximadamente uma centena de conjuntos e bandas atuando profissionalmente, apenas na capital: The Brazilian Beatles, The Best, Os Minis, The Coiners, The Dazzles, The Silvers, The Hoolygans, The Handsonnes, The Saylors, The Dragons, The Clevers, Os Felinos, As Brasas e As Andorinhas (ambos só de mulheres), Os Maníacos, Os Boinas Azuis, The Baby's, Alfa & Beta, The Thunder's, Os Tímidos, The Kinds, Os Incendiários, Os Alucinantes, The Robinsons, Os Corsários, The Tigers, Os Corujas, Os Morcegos, etc...
Havia público e muito trabalho, mas não havia imprensa, gravadorase “business” para sustentar o mercado. Muitos como Maritza Fabiani (cover de Wanderléia) subiram para o Rio e São Paulo.

 A recém inaugurada Tv Piratini apresentava “Os Brasas” em programas de auditório, o “Liverpool" apresentava-se na Gaúcha e na Difusora “Os Dazzles”.  
Com os Festivais de MPB crio-se uma disputa entre a turma do Rock e da MPB. A composição pop rock apareceu nos Festivais dos Colégios Israelita e Bom Conselho em 65 e 66 e depois na Arquitetura em 67 e 68.  
Os “Cleans”, surgido em 1962 no Bairro Glória, formado por estudantes de 18 e 20 anos, fazendo rock instrumental com guitarras,  e os “Brasas”, na mesma época, no Partenon, com o nome de “Os Jetsons”, liderado por um guitarrista de 15 anos chamado Luiz Wagner. Os Cleans ficaram em segundo lugar na etapa nacional de um Festival de conjuntos de Jovem Guarda em 66, gravando 3 compactos posteriormente. Na volta fizeram uma fusão com “Os Dazzles” e “The Coiners” para tocar em bailes. Os Brasas também subiram para o centro do país e lançaram algusn compactos e um LP em 68.
Em 1963, nas esquinas da Cidade Baixa, reuniam-se para tocar violão Hermes Aquino (o da Nuvem Passageira), Cláudio Vera Cruz e Renato Rodrigues, que formariam “Os Satânicos” e mais tarde o “Som 4”. Um garoto chamado Carlinhos Hartlieb também participava dessas rodas de som.
No IAPI a mesma história acontecia com uma turam composta pelos irmãos Milton (Mimi) e Marcos Lessa, Marco Antônio Luz (O Marquinho, também conhecido como Foguete), Vilmar Santana (Pekos) e Edson Espíndola, o Edinho. Os garotos do IAPI faziam rodas de samba. O Liverpool já existia e era dirigido por um tal de Carruíra, baixista que morava nas imediações da Assis Brasil. Como todos os outros grupos, tocavam em festas. Mimi Lessa arranhava uma guitarra no The Best e Os Minis, pequenos conjuntos da zona norte. Carruíra convidou Mimi para tocar no Liverpool e aceitou que este levasse junto o irmão Marcos e o amigo- cantor Marquinho. Quando Carruíra desistiu do grupo, Pecos e Edinho vieram completar o grupo. Cem por cento IAPI. O Liverpool continuava animando bailes, mas eles estavam antenados ao que acontecia no país e ensaiavam com dedicação, no clube da empresa Zivi, no Passo da Areia. Em 68, o Liverpool participou do II Festival de MPB da Arquitetura, defendendo "Por Favor Sucesso", de Carlinhos Hartlieb. Venceu e ganhou o direito de participar do Festival Internacional da Canção no Rio de Janeiro.
CONTINUA AMANHÃ (DÉCADA DE 70)...

Visite as fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Bandas_de_Porto_Alegre
http://durango-95.blogspot.com.br/

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